Eu fiquei sentindo saudades do que não foi
Lembrando até do que eu não vivi
pensando nós dois."
(o último pôr-do-sol, Lenine)
Sentir saudade do não vivi...
lembrando nós dois...
É engraçado como a gente pensa no que viveu de bom além do que realmente foi, imaginando tudo de forma mais doce, mais encantadora...
A saudade de "alguém" tem esse doce-amargô da lembrança, do doce de saudade boa, a saudade que queria de volta e o amargô da certeza de nunca mais, de que nunca mais será igual.
Os relacionamentos que vivemos geralmente nos deixam marcas, marcas de momentos bons, momentos que parecem não se repetir, como se o ciclo da vida parasse. É como se a lua não mais fosse cheia ou jamais tivesse outro pôr-do-sol, mas, realmente não há, porque aquele pôr-do-sol foi o último, não o último em sua existência, mas, o último em seu significado e por mais lindo que seja todo pôr-do-sol, jamais será igual a esse.
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